Há algum tempo atrás, um Presidente de um país de primeiro mundo disse que um Presidente de um País de terceiro era "o cara". À época, quando as estripolias do Presidente que era "o cara" e sua gangue ainda estavam escondidas, houve quem cantasse em prossa e verso o elogio feito pelo lider da maior nação livre do planeta. A história tratou de mostrar, que definitivamente que aquele que era "o cara" não era "o cara"
Os elogios são fáceis de ser fazer, eles geralmente são agradáveis, arrancam sorrisos de quem os recebe. O tempo nos mostra no entanto que carecemos de cautela ao elogiar, mas não devemos por outro lado sermos econômicos nos elogios a quem de fato os mereçe. As atitudes notáveis desses notáveis são naturais para eles. A maneira de agir digna de nota desses homens e mulheres aue nasceram cingidos com o sinal da divina providência não são ensaiadas ou previamente preparadas. As grande atitudes desses grandes humanos que tanto nos inspiram, demonstram simplesmente a grandeza de espírito que cada um deles tem. Feitas as considerações ora colocadas passemos para fatos, afinal contra fatos não há como se discordar.
Vejamos a Igreja Católica Apostólica Romana, una, santa e pecadora mas indiscutívelmente "alma mater" do Cristianismo.
A Igreja passa por um momento único. Temos um Papa que troca o Palácio Apostólico pela Casa Santa. Marta, que opta pelos pobres, por uma Igreja "em saída" e pela simplicidade que é a grande marca de seu Pontificado desde que seu nome foi anunciado na varanda da grande Basílica de São Pedro.
Pela natureza hierárquica da Igreja, o que um Papa pensa e a maneira como age deve ser seguido pela Igreja no mundo que está em comunhão com o sucessor de Pedro. Sabemos entanto que na prática não é assim.
Venhamos para o Brasil. A Igreja Católica tem claramente Bispos sem a devida preparação teológica mas, principalmente sem a vocação
Pastoral tão necessária ao Episcopado, vocação que a de estar próximo das pessoas, principalmente dos invisíveis.
E quem são os invisíveis? Todos aqueles alijados da dignidade humana, apartados de condições míninas de moradia, em insegurança alimentar, tomados pela chaga da droga, abandonados ao relento das ruas, pedintes, mendigos, feridos no corpo e na alma e pobres; estes são os invisíveis para a maioria da sociedade que insiste em, não os ver não se chocar com suas mazelas. Cristo está em cada um desses invisiveis.
O comportamento diverso ao de parte do alto Clero brasileiro, suas atitudes naturais e não midiáticas e sua clara opção por estar junto e agir em favor dos excluídos, fazem de Dom Orani Tempesta, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, a maios importante voz da Igreja Católica no Brasil. Cumpre seus deveres de Príncipe da Igreja, de Purpurado, cumpre extensa agenda, fala e é ouvido pelas maiores lideranças brasileiras mas AGIGANTA-SE quando está na sua Catedral ou na simples Igrejinha de bairro junto das pessoas. Dom Orani quando está com o povo simples, quando está nas ruas confortando, alimentando, plantando a esperança nos corações dilacerados pela desgraça social brasileira, é um gigante, é o Cardeal do povo porque se coloca como um deles.
"Quando fizer o bem a um pequenino estará fazendo a Jesus Cristo." Está na Biblia, é só seguir; e Dom Orani segue.
Acompanhar a distância, só observando o Cardeal junto das pessoas, é emocionante para um jornalista que se arvora a escrever sobre a Igreja e seus expoentes. Ver Dom Orani ser abraçado por viciados, ter a mão beijada por bocas famintas e ser naturalmente amado por aqueles, que por várias razões conhecem mais o desamor, nos remete àquela cena resumida numa simples frase: " Ainda hoje tu estarás comigo no Paraíso."
Na manhã de 1º de de Dezembro, Dom Orani presidiu desde as 7:30 da manhã as comemorações da festa da Unidade, evento que há 6 anos serve para reunir sua Arquidiocese, dar ao rebanho a gratidão pelo ano que se encerra e o vigor para o ano que termina.
Antes da Missa Solene começar vem Dom Orani com passos mansos, sorriso natural e vai aperanto mãos, abraçando, dando atenção a TODOS. Esse contato acontece com Bispos Auxiliares, Padres, Seminaristas, Leigos e principalmente com os mais simples que vão até ele. Voltamos nós ao inicio, ao Orani Pastor, ao Orani dos simples e humildes.
Encerrando estas considerações sobre o Cardeal, assente-se que ele iniciou uma campanha para a construção de um banheiro decente com área para banhos, lavagem de roupa e cuidados higiênicos. Chama se "Projeto Banheiro Digno" (vide foto). Para quem destina-se mais essa obra do Cardeal? Para os que vivem nas ruas, para os que não tem um mero banheiro, sim, para os invisíveis. De novo façamos memória a passagem do "fazendo para os pequeninos é ao Cristo que estarás fazendo."
Enquanto alguns Bispos adiantam a mãos para ser beijada, Dom Orani João Tempesta abre-se para ser abraçado e abraçar. Reflitam: Ninguém se torna a voz mais importante do Catolicismo num País continental como o Brasil por acaso.
Savélio Roncalli, tio de São João XXIII e que proporcionou o custeio dos estudos do futuro Papa bom (roupas, calçado, etc), num
almoço de familia em Sotto il Monte, na Itália, ergueu o copo simples de homem do campo e disse: "Eu brindo a você Roncalli por ter atendido o chamado de Deus."
Permito o plágio: "Eu brindo ao senhor Cardeal Tempesta por, sem a menor pretensão ou ambição mundana, nos mostrar que Deus existe e se manifesta através das pessoas. O senhor é um sinal de Deus e o meu coração, agora e sempre estará próximo do seu."
Jornalista Dauro Machado - Editor do Jornal A Gazeta
Jornalista Dauro Machado - Editor do Jornal A Gazeta
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