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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Morte por febre amarela de médico já vacinado traz à tona discussões sobre a eficácia da vacina. Psicóloga vacinada em 2000 contraiu febre amarela este ano.

O adoecimento de pessoas imunizadas contra a febre amarela já é uma realidade em Minas Gerais e no país. Um dos casos é o da mineira Nathalia Vidigal Furtado, 37 anos. Nascida em Rio Pomba, ela foi vacinada contra a febre amarela em 2000, conforme indica seu cartão de vacinas. Apesar disso, a mestre em psicologia clínica foi infectada com o vírus no início do ano. Ela teria sido infectada em Brumadinho (MG), para onde viajou de férias com o filho de 6 anos. Internada no Albert Sabin, em Juiz de Fora, Nathalia precisou ser levada para o CTI. Sobrevivente, ela luta agora contra as sequelas deixadas pela doença em seu organismo. A psicóloga lembra que, quando chegou a Inhotim, em janeiro deste ano, havia distribuição de repelente na entrada do maior museu a céu aberto do mundo. Naquele momento, já havia sido registrado um caso de morte por febre amarela naquela região, o que ela ainda não sabia. Mas como o centro de arte contemporânea continuava com a programação mantida, a visitante não imaginou que houvesse risco. Não foi o que aconteceu. Mesmo vacinada contra febre amarela, há 18 anos, Nathalia foi surpreendida pelos sintomas da doença três dias depois de chegar da viagem. Em Rio Pomba, ela teve febre alta e dor de cabeça. Procurou ajuda médica, mas viu seu estado de saúde piorar, indo parar na emergência do Hospital Albert Sabin de Juiz de Fora no dia 22 de janeiro.Na unidade, foram detectadas alterações nas enzimas hepáticas. Nathalia precisou ser internada passando três longos dias no CTI. Os indicadores de inflamação do fígado indicavam que a taxa dela estava mais de 140 vezes maior do que o normal. Com exame positivo para febre amarela, ela percebeu que seu caso estava mobilizando o hospital. “Eu não tinha muita consciência dos riscos que estava correndo e nem da taxa de letalidade da febre amarela, mas sabia que a minha situação não era boa. Hoje, após ter deixado o hospital, ainda me sinto muito assustada. Os meus exames continuam alterados e estou muito debilitada. Eu já tinha uma dose da vacina e passei por isso. E se eu não tivesse?”, questiona.Segundo o Ministério da Saúde, o adoecimento de pessoas vacinadas como Nathalia são casos considerados raros de indivíduos que, mesmo imunizados, não desenvolvem anticorpos suficientes para se proteger da doença. “Dados científicos mostram que cerca de 2% a 10% de indivíduos saudáveis não conseguem atingir níveis de anticorpos para vacinas de rotina, incluindo-se a vacina de febre amarela. Portanto, não existe nenhuma vacina que seja 100% eficaz, podendo, dessa forma, acontecer falhas vacinais. Cabe esclarecer que falhas vacinais podem acontecer com qualquer vacina e não só com a de febre amarela. Falha vacinal é a ocorrência de uma doença imunoprevenível em uma pessoa com vacinação comprovada. 
Foto do cartão de vacinação.

FONTE: JORNAL TRIBUNA DE MINAS - JUIZ DE FORA
LINK:https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/27-02-2018/psicologa-vacinada-em-2000-contraiu-febre-amarela-este-ano.html

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