A Associação de Catadores de Recicláveis de Além Paraíba, ACRAP, publicou em redes sociais e em grupos de whats app uma carta aberta onde deixa claro que está sendo despejada do local onde funciona, num dos galpões da antiga oficina da rede, que hoje pertence a Paróquia de São José. A Associação recolhe 240 toneladas de material reciclável por ano e 16 pessoas estão diretamente ligadas ao recolhimento, muitos deles egressos do sistema prisional. O Presidente da Entidade tenta claramente jogar a população contra a Igreja Católica de Além Paraíba ao alegar que a mesma está indo de encontro as pregações do Santo Padre, Papa Francisco, que fala de uma igreja voltada aos pobres. Segundo o Presidente da Entidade a ACRAP pretende ir até o Vaticano se for preciso para se manter no local. Exageros à parte, a ACRAP, que existe desde 2011 na verdade, segundo apurado por nossa reportagem, está desvirtuando os fatos reais.
Entenda a história
Em 2011, em parceria com o Município, a Paróquia de São José através do Padre Ênio Marcos de Oliveira cedeu um dos galpões para que a ACRAP ali fizesse a reciclagem do material recolhido. O tempo passou. O atual Administrador Paroquial de São José, Padre Antônio Luiz e o Advogado da Paróquia têm tentado INSISTENTEMENTE que o Presidente da Associação de Catadores formalize junto da Paróquia a permanência da entidade no local. Hoje não há qualquer documento formal de locação, cessão ou mesmo comodato. A Igreja se preocupa; Caso aconteça algo com qualquer um dos membros da ACRAP, um acidente de trabalho por exemplo, caso ocorra qualquer problema com o prédio que é antigo que venha a vitimizar um dos catadores a IGREJA É INTEIRAMENTE RESPONSÁVEL e poderá responder judicialmente. O que o Padre pretende é através de seu Advogado, Marcelo Vinhosa, celebrar um contrato de locação, COM ALUGUEL SIMBÓLICO, entre a Paróquia e a ACRAP, ou mesmo um comodato formalizado. Com essa documentação, a Paróquia e a própria ACRAP estão resguardadas. Acontece que o Presidente da ACRAP apesar dos insistentes chamados da Paróquia se recusa a conversar e a celebrar a formalidade do uso do espaço. A Paróquia não teve outra saída, até como forma de pressão que não fosse notificar EXTRA JUDICIALMENTE (NÃO HOUVE PEDIDO DE DESPEJO OU QUALQUER AÇÃO JUDICIAL PROPOSTA PELA PARÓQUIA CONTRA A ENTIDADE) para que a entidade desocupe o lugar em 5 dias.
Para resolver o caso
Ao invés de ficar com postagens em redes sociais, seria mais útil se o Presidente da ACRAP procurasse a Paróquia para dialogar a permanência da entidade no galpão. O que não é possível é que a entidade ocupe o espaço sem documento algum, comportando como posseiro. É dever do Padre defender o patrimônio da Igreja Católica. Os Associados da ACRAP deveriam pressionar seu presidente a ir conversar com o Padre que sendo um Sacerdote Católico sabe dos compromissos sociais da Igreja Católica e que já deixou claro que deseja apenas tornar a ocupação legal e formal e não despejar os catadores do local.
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